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Quando a ansiedade se torna patológica e como a terapia cognitivo comportamental pode ajudar?

  • Foto do escritor: Sheila Vieira de Camargo
    Sheila Vieira de Camargo
  • 23 de set.
  • 2 min de leitura

Diário das emoções

Ja sentiu aquele friozinho na barriga, coração acelerado  e uma leve falta de ar quando se esta iniciando um novo emprego, um novo curso ou uma viagem? Esta ansiedade de antecipação é um reação normal do organismo o qual sinaliza estar preocupado por não conseguir controlar eventos que por ventura possam ocorrer. Há, também, a ansiedade por medo quando estamos sendo confrontados com conhecimentos os quais não dispomos ou quando estamos em uma situação o qual não temos controle e que depende da ação de outros. 

O que torna a ansiedade patológica é estar num apego constante por controle, um dos motivos pelos quais isso ocorre é porque no ciclo formativo da vida do individuo, não houve acolhimento e afeto o suficiente tornando o ambiente familiar inseguro e confuso. Outro fator é o medo constante pela perda de controle, ao não estar preparado para toda eventualidade o individuo se vê confrontando os sentimentos e emoções que nunca foram explorados e ressignificados. As vezes, a mente e as emoções são confusas demais para organizar, logo o mundo a sua volta precisa estar controlado e o futuro sempre se torna uma grande preocupação

Conforme o DSM-V TR a ansiedade pode ser divida em: ansiedade de separação, mutismo seletivo, fobia especifica, ansiedade social, transtorno do pânico, agorafobia, ansiedade generalizada, por substancia e medicamento e esta incluso também os transtornos obsessivo-compulsivo. 

Os critérios diagnósticos que indicam patologia, conforme o DSM-V TR (2023): 


"Os transtornos de ansiedade se diferenciam do medo ou da ansiedade

adaptativos por serem excessivos ou persistirem além de períodos apropriados

ao nível de desenvolvimento. Eles diferem do medo ou da ansiedade

provisórios, com frequência induzidos por estresse, por serem persistentes (p.

ex., em geral durando seis meses ou mais), embora o critério para a duração

seja tido como um guia geral, com a possibilidade de algum grau de

flexibilidade, sendo às vezes de duração mais curta em crianças (como no

transtorno de ansiedade de separação e no mutismo seletivo). Como os

indivíduos com transtornos de ansiedade em geral superestimam o perigo nas

situações que temem ou evitam, a determinação primária do quanto o medo ou

a ansiedade são excessivos ou fora de proporção é feita pelo clínico, levando

em conta fatores contextuais culturais."


A terapia cognitivo-comportamental disponibiliza vários modelos etiológicos e suas devidas técnicas de tratamento:


  • Evitação e preocupação: automonitoramento de situações, pensamentos, sentimentos, reações fisiológicas e comportamentos; técnicas de relaxamento e diafragmática; dessensibilização de autocontrole; controle gradual de estimulo alcançado. 

  • Intolerância a incerteza: Automonitoramento; Psicoeducação referente a intolerância a incerteza; avaliação das preocupações. 

  • Metacognitivo: Preocupação tipo 1 ligado as crenças positivas sobre a utilização da preocupação e Preocupação tipo 2 ligado as crenças negativas sobre a preocupação incontrolável e preocupação perigosa e prejudicial.  

  • Desregulação emocional: Regulação das emoções através da identificação, rotulação e descrição das emoções. 


Caso, sua ansiedade esteja se tornando preocupante e causando sofrimento e interferindo no seu funcionamento diário agende uma consulta psicológica, estou aqui para te ajudar. 


Fonte: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais :DSM-5-TR [recurso eletrônico] / [American Psychiatric Association] ; tradução: Daniel Vieira, Marcos Viola Cardoso, Sandra Maria Mallmann da Rosa; revisão técnica: José Alexandre de Souza Crippa, Flávia deLima Osório, José Diogo Ribeiro de Souza. texto revisado. – Porto Alegre: Artmed, 2023. E-pub.– 5. ed.,



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